domingo, 11 de março de 2012

O ateliê na universidade: minha trajetória


Minha trajetória acadêmica iniciou-se em 1990 quando ingressei no curso de Administração de Empresas que foi concluído em 1993 na Faculdade Padre Anchieta, em Jundiaí – S. P..  No entanto, foi em 1996, quando ingressei no curso de Educação Artística – Artes Plásticas, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que encontrei sentido na vida acadêmica em minha vida.
Desde a infância meu interesse, minhas habilidades e meu desenvolvimento no meio artístico foram incentivados e motivados pelos espaços de ateliers de arte, conservatório musical, teatro amador e principalmente por minha família.
O Bacharelado em Educação Artística foi concluído em 1999 com os laboratórios de Desenho (orientado pela Profa. Dra. Lygia Arcuri Eluf) e Pintura (orientado pelo Prof. Tuneu – Antonio Carlos Rodrigues). Em Novembro daquele ano fui com um grupo de alunos (as) da UNICAMP para Havana, CUBA, onde participamos do Taller  de Gravado, orientado por Antonio Martorell, realizado na Cada das Américas. Sem dúvida alguma posso dizer que aquela experiência artística internacional foi muito significativa em minha formação e em minha vida.
Em 2001, participei de dois momentos de imersão em processo criativo, sendo em janeiro, no Workshop de Criatividade e Conceitualização, no Rio de Janeiro, sob orientação de Charles W. Watson e em Julho, em Diamantina, MG, a oficina de Desenho do Festival de Artes da UFMG, sob orientação de Isaura Pena. Naquele mesmo ano, em Jundiaí, SP, integrava o Grupo Arte em Ação, um coletivo de artistas jundiaienses, com o qual participei de diversas exposições.
Ao final de 2001, concluí a Licenciatura em Educação Artística, com estágio orientado pela Profa. Dra. Ana Angélica Albano e mais dois Laboratórios, sendo o de Gravura, orientado pela Profa. Dra. Luise Weiss e o de Computação Gráfica, pelo Prof. Celso de Paula, o qual deixou uma ‘semente’ que vem germinar dez anos depois, neste atual projeto de qualificação para o doutorado.
Graduada, em 2002 comecei a trabalhar no Programa Criança Cidadã, na cidade de São Paulo, como Educadora, onde desenvolvi meu trabalho como arte educadora com crianças e adolescentes em situação de risco.
Em julho de 2003, vivendo e trabalhando em São Paulo, ingressei no Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o qual concluí em março de 2006 com a dissertação A ARTE E A CONTRUÇÃO IDENTITÁRIA – trajetórias e devires de um estudo de caso.
No mesmo ano, no mês de julho, fui contratada pelo Colégio Presbiteriano Mackenzie, como professora de Artes para o Ensino Médio e em 2007 ingressei na Universidade Presbiteriana Mackenzie, como professora nos cursos de Pedagogia e Publicidade e Propaganda, onde venho desenvolvendo meu olhar e construindo minha prática enquanto professora-pesquisadora na linguagem visual, principalmente.
Ainda em 2006, trabalhei na 27. Bienal de Arte de São Paulo – Como Viver Juntos -, como Educadora do programa Centro-periferia, coordenado por Denise Grispum. Esta foi mais uma experiência fundamental no meu processo de vivência e formação artística.
Nestes últimos anos, também tive a oportunidade de visitar diversas exposições de arte, museus, espaços culturais, em São Paulo e também em outros pólos culturais como Rio de Janeiro (2007 e 2011), Minas Gerais (2008), passando por Inhotim (2009), Curitiba, PR, onde visitei a exposição de Kurt Switters. Na Argentina, participei de um Festival Internacional de Arte em Neuquém, na Patagônia e visitei museus em Buenos Aires (2008). Na Espanha (2006), com participação no Seminário Internacional  Imagens de la Cultura/Cultura de las Imagens, na Universidade de Múrcia, e também visitando Barcelona, Madri e Toledo, vivendo um intenso mergulho artístico e cultural. Em 2007, voltando à Europa, retornei a Barcelona, seguindo de lá para Alemanha, onde visitei a 12. Documenta de Kassel (grandiosa!), de lá continuei viagem para Dublin, na Irlanda, onde dentre outras programações culturais, visitei a exposição de Lucian Freud. Bruxelas, foi o destino seguinte, e que se revelou surpreendente no que diz respeito `as coleções de arte. No retorno, uma breve passagem por Paris, me “obrigou” retornar no ano seguinte.
Julho de 2008, a melhor viagem da minha vida, até hoje. Sozinha, Paris, Londres e Berlim. Foram 20 dias visitando exposições, museus, caminhando por essas cidades, encontrando-me comigo mesma e com tudo o que eu já tinha visto em livros e filmes, mas naquele momento era eu que estava lá. Conhecimento com emoção. Ganha sentido. O sabor da experiência vivida.
Em outubro do mesmo ano, uma semana em Portugal, passei por Porto e Lisboa para então seguirmos, eu e mais três professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, para o Algarve, onde participamos do Congresso Internacional de Criatividade e Inovação.
Em janeiro de 2010, ingressei neste programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura, no qual venho cumprindo os requisitos necessários para a obtenção do título de doutorado, sendo esta, mais uma etapa deste processo de pesquisa no campo das Artes.
... diante dessa trajetória me recordo de uma fala da profª. Drª. Carmela Gross, em 1994, na ECA - USP, quando ela dizia aos alunos do curso de Pintura, sobre "a necessidade de  extrapolar os muros da universidade", sobre o "extramuros".
É isso, estar na universidade não pode significar isolamento do mundo que está do outro lado do muro!
E sobre esse assunto, me lembrei de Berlim!

 

Que o exemplo da história mantenha-nos sempre alerta!

   Até a próxima!
   K.

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