Minha trajetória acadêmica
iniciou-se em 1990 quando ingressei no curso de Administração de Empresas que
foi concluído em 1993 na Faculdade Padre Anchieta, em Jundiaí – S. P.. No entanto, foi em 1996, quando ingressei no
curso de Educação Artística – Artes Plásticas, na Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), que encontrei sentido na vida acadêmica em minha vida.
Desde a infância meu
interesse, minhas habilidades e meu desenvolvimento no meio artístico foram
incentivados e motivados pelos espaços de ateliers de arte, conservatório
musical, teatro amador e principalmente por minha família.
O Bacharelado em Educação
Artística foi concluído em 1999 com os laboratórios de Desenho (orientado pela
Profa. Dra. Lygia Arcuri Eluf) e Pintura (orientado pelo Prof. Tuneu – Antonio
Carlos Rodrigues). Em Novembro daquele ano fui com um grupo de alunos (as) da
UNICAMP para Havana, CUBA, onde participamos do Taller de Gravado, orientado
por Antonio Martorell, realizado na Cada das Américas. Sem dúvida alguma posso
dizer que aquela experiência artística internacional foi muito significativa em
minha formação e em minha vida.
Em 2001, participei de dois
momentos de imersão em processo criativo, sendo em janeiro, no Workshop de
Criatividade e Conceitualização, no Rio de Janeiro, sob orientação de Charles W.
Watson e em Julho, em Diamantina, MG, a oficina de Desenho do Festival de Artes
da UFMG, sob orientação de Isaura Pena. Naquele mesmo ano, em Jundiaí, SP, integrava
o Grupo Arte em Ação, um coletivo de artistas jundiaienses, com o qual
participei de diversas exposições.
Ao final de 2001, concluí a
Licenciatura em Educação Artística, com estágio orientado pela Profa. Dra. Ana
Angélica Albano e mais dois Laboratórios, sendo o de Gravura, orientado pela
Profa. Dra. Luise Weiss e o de Computação Gráfica, pelo Prof. Celso de Paula, o
qual deixou uma ‘semente’ que vem germinar dez anos depois, neste atual projeto
de qualificação para o doutorado.
Graduada, em 2002 comecei a
trabalhar no Programa Criança Cidadã, na cidade de São Paulo, como Educadora,
onde desenvolvi meu trabalho como arte educadora com crianças e adolescentes em
situação de risco.
Em julho de 2003, vivendo e
trabalhando em São Paulo, ingressei no Programa de Pós-graduação em Educação,
Arte e História da Cultura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o qual
concluí em março de 2006 com a dissertação A ARTE E A CONTRUÇÃO IDENTITÁRIA –
trajetórias e devires de um estudo de caso.
No mesmo ano, no mês de
julho, fui contratada pelo Colégio Presbiteriano Mackenzie, como professora de
Artes para o Ensino Médio e em 2007 ingressei na Universidade Presbiteriana
Mackenzie, como professora nos cursos de Pedagogia e Publicidade e Propaganda,
onde venho desenvolvendo meu olhar e construindo minha prática enquanto
professora-pesquisadora na linguagem visual, principalmente.
Ainda em 2006, trabalhei na
27. Bienal de Arte de São Paulo – Como Viver Juntos -, como Educadora do
programa Centro-periferia, coordenado por Denise Grispum. Esta foi mais uma
experiência fundamental no meu processo de vivência e formação artística.
Nestes últimos anos, também
tive a oportunidade de visitar diversas exposições de arte, museus, espaços
culturais, em São Paulo e também em outros pólos culturais como Rio de Janeiro
(2007 e 2011), Minas Gerais (2008), passando por Inhotim (2009), Curitiba, PR,
onde visitei a exposição de Kurt Switters. Na Argentina, participei de um
Festival Internacional de Arte em Neuquém, na Patagônia e visitei museus em
Buenos Aires (2008). Na Espanha (2006), com participação no Seminário
Internacional Imagens de la Cultura/Cultura de las Imagens, na Universidade de
Múrcia, e também visitando Barcelona, Madri e Toledo, vivendo um intenso
mergulho artístico e cultural. Em 2007, voltando à Europa, retornei a
Barcelona, seguindo de lá para Alemanha, onde visitei a 12. Documenta de Kassel
(grandiosa!), de lá continuei viagem para Dublin, na Irlanda, onde dentre
outras programações culturais, visitei a exposição de Lucian Freud. Bruxelas,
foi o destino seguinte, e que se revelou surpreendente no que diz respeito `as
coleções de arte. No retorno, uma breve passagem por Paris, me “obrigou”
retornar no ano seguinte.
Julho de 2008, a melhor
viagem da minha vida, até hoje. Sozinha, Paris, Londres e Berlim. Foram 20 dias
visitando exposições, museus, caminhando por essas cidades, encontrando-me
comigo mesma e com tudo o que eu já tinha visto em livros e filmes, mas naquele
momento era eu que estava lá. Conhecimento com emoção. Ganha sentido. O sabor
da experiência vivida.
Em outubro do mesmo ano, uma
semana em Portugal, passei por Porto e Lisboa para então seguirmos, eu e mais
três professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, para o Algarve, onde
participamos do Congresso Internacional de Criatividade e Inovação.
Em janeiro de 2010,
ingressei neste programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da
Cultura, no qual venho cumprindo os requisitos necessários para a obtenção do
título de doutorado, sendo esta, mais uma etapa deste processo de pesquisa no
campo das Artes.
... diante dessa trajetória me recordo de uma fala da profª. Drª. Carmela Gross, em 1994, na ECA - USP, quando ela dizia aos alunos do curso de Pintura, sobre "a necessidade de extrapolar os muros da universidade", sobre o "extramuros".
É isso, estar na universidade não pode significar isolamento do mundo que está do outro lado do muro!
E sobre esse assunto, me lembrei de Berlim!
Que o exemplo da história mantenha-nos sempre alerta!
Até a próxima!
K.
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