Nesse projeto e processo coletivo de ateliê, foi possível perceber dentre tantas coisas, as singularidades de cada artista que estava lá. As representações, interpretações e apresentações de paraíso para cada um. O perceber, o sentir e o fazer singular de cada um dos participantes daquele ateliê coletivo. Os traços, os gestos, os cortes na madeira, as imagens, a intensidade de uns, a leveza de outros,... a complementaridade surgida das diferenças e das semelhanças.
Mais uma experiência singular, ...artística e estética!
E remexendo nessas lembranças, me dei conta que nós (Eu, a Lara, a Luciana, o Beto e o Marcelo), esse grupo de jovens artistas brasileiros que em 1999 vivenciaram esse processo, nós podemos propor esse projeto aqui no Brasil!!
Eu lanço aqui essa proposta! Convoco para isso ou outros quatro integrantes dessa "aventura em Havana", para propormos por aqui um outro "Ascensor al Paraíso", para que possamos dar continuidade e compartilhar com outros artistas essa ideia!!
Afinal, o que é o paraíso, nesse momento, para cada um de vocês?
Keller
Dezembro/2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Por onde andei: "Ascensor al Paraíso"
IV Simpósio de Filologia e Cultura Latino-Americana |
Comunicação:
Por onde andei:
“Ascensor al Paraíso”
Por onde andei:
“Ascensor al Paraíso” apresenta um processo criativo vivenciado em um ateliê
sobre ambientação e intervenção de espaços realizado na Casa de las Américas, em
Havana - Cuba, no ano de 1999. Conduzido pelo artista portorriquenho
Antonio Martorell, esse ateliê reuniu um grupo de aproximadamente trinta artistas
gravadores da América Latina e Caribe. Participando desse grupo, tive a
oportunidade de produzir artística e coletivamente e compartilhar experiências
que hoje considero singulares na minha
trajetória artística e cultural. Recuperar essa vivência a partir de fragmentos
da memória, das notações e esboços no diário de campo, dos documentos, das
fotografias e do portfólio de xilogravuras produzido lá e converter todos esses
indícios em linguagem digital e hipermidiática, seja para guardar, assim como
para revelar e divulgar essa experiência, é parte de um projeto que conta minha
própria história de vida e a insere na produção artística contemporânea como argumento referencial ou o
que Isabelle Rouge chama de museus imaginários ou pessoais.
Este projeto é parte
integrante e parcial da pesquisa doutoral que está sendo desenvolvida durante o
meu percurso no Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da
Cultura, da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Palavras-chave: fotografia, imagens
digitalizadas, história de vida, produção auto-referente, arte contemporânea.
As imagens contam parte dessa história. Imagens do caderno, meu diário de campo. Imagens do álbum de fotos. Imagens da produção de xilogravuras. Imagens de documentos. Registro de um processo.
Keller Regina
Viotto Duarte
Programa de
Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura (doutorado) Universidade
Presbiteriana Mackenzie
e-mail:
kd_arte@yahoo.com.br
Por onde andei - O artigo acadêmico apresentado no CIANTEC-12
Por onde andei
Keller Regina
Viotto Duarte
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
São Paulo –
Brasil
Resumo
Por onde andei, nomeia um processo criativo atual que reúne minhas próprias
experiências de quarenta anos de vida representadas a partir de objetos,
fotografias e imagens digitalizadas. O que foi guardado pede nesse momento que
seja revelado.
Objetos, documentações e representações contam uma história de vida permeada pela
vivência artística, seja na condição de leitora ou de produtora em arte.
Ver, observar e apreciar arte assim como
reproduzir, colecionar, fazer arte fez parte da minha história de vida, e é
esse conjunto de objetos e imagens reunidos, selecionados, relacionados e
apresentados na condição da produção artística contemporânea que compõem
esse projeto.
Considerando as ideias e pensamentos dos autores
Charlote Cotton , Henri Bergson, Isabelle Rouge, Lúcia Santaella e Marcos
Rizolli dentre tantos outros que orientam este processo criativo, proponho
neste artigo a revelação do modo de produção artística auto-referente atual.
Este projeto é parte integrante e parcial da
pesquisa doutoral que está sendo desenvolvida durante o meu percurso no
Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura, da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. “- Este trabalho foi
financiado em parte pelo Fundo Mackenzie de Pesquisa.”
A arte contemporânea alarga o campo artístico e
esta pesquisa está inscrita neste campo, o qual aceita a convivência e a
mistura de linguagens, ou melhor, linguagens híbridas, assim como de materiais,
técnicas e procedimentos artísticos assim como de uma nova linguagem no caso da
hipermídia e as possibilidades de web arte.
Nesse cenário, a fotografia ocupa um lugar privilegiado como arte.
A arte contemporânea acolhe também a vida cotidiana
do artista como argumento referencial ou o que Isabelle Rouge chama de museus
imaginários ou pessoais.
Os artistas Andy Warhol, Joseph Beuys, Cindy
Sherman, Marina Abramovic e Sophie Calle exemplificam e iluminam essa pesquisa.
Palavras-chave: fotografia, imagens digitalizadas, história de vida, produção
auto-referente, arte contemporânea.
1. Por onde
andei, nomeia um processo criativo atual que reúne minhas próprias
experiências de quarenta anos de vida representadas a partir de objetos,
fotografias e imagens digitalizadas. Nesse processo, reconheço e identifico
como experiência, aquelas que de acordo com John Dewey podem ser identificadas como uma experiência singular:
Quando o material vivenciado faz o percurso até sua consecução. Então, e
só então, ela é integrada e demarcada no fluxo geral da experiência proveniente
de outras experiências. Conclui-se uma obra de modo satisfatório; um problema
recebe uma solução; um jogo é praticado até o fim; uma situação, seja a de
fazer uma refeição, jogar uma partida de xadrez, conduzir uma conversa,
escrever um livro ou participar de uma campanha política, conclui-se de tal
modo que seu encerramento é uma consumação, e não uma cessação. Essa
experiência é um todo e carrega em si seu caráter individualizador e sua
autossuficiência. Trata-se de uma
experiência (Dewey, 2010, p.109 - 110).
Para Dewey, a experiência singular tem uma unidade e
por isso é nomeada. Nesse caso, nomeio algumas experiências singulares
percebidas no transcorrer da minha vida.
Segundo o autor a existência dessa unidade é
constituída por uma qualidade ímpar que perpassa a experiência inteira, a
despeito da variação das partes que a compõem (Dewey, 2010, 112).
Imagem 1. Diamantina: uma experiência singular
A imagem 1. Diamantina: uma experiência singular, uma
fotografia digital, assim nomeada e apresentada, representa um conjunto de fotografias,
impressos, álbum de fotos, uma pasta portfólio, ou seja vestígios de uma
experiência vivida por mim e ora guardada ora mostrada.
Essa imagem contempla uma metalinguagem, quando é
uma foto de outras fotos, no entanto, a pasta portfólio, o álbum, assim como a
disposição das imagem que se apresentam como acúmulo, sobreposições,
justaposições, intervalos, tonalidades quentes, outras frias, linhas diagonais
que estruturam provocam uma dinâmica, um movimento na composição; todos esses
elementos percebidos na imagem, revelam um momento novo de quem olha para
aquele conjunto de imagens como que recortando um fragmento da memória,
juntando peças e relacionando, reconstruindo e recontando com alguns vestígios uma
experiência vivida e registrada em diferentes
suportes, papéis, lona, álbum de fotos, caderno de registro,...
Essa experiência me remete a uma
experiência única, vivenciada por mim na cidade de Diamantina, Minas Gerais,
durante o mês de julho de 2001, quando participei da oficina de Criação
Bidimensional – Desenho/pintura, do Festival de Inverno da Universidade Federal
de Minas Gerais.
A decisão de querer participar do festival, a
inscrição, o resultado da seleção, os materiais levados na viagem (papéis,
tecidos tintas, pincéis,...), a viagem de Jundiaí até Belo Horizonte e depois
de Belo Horizonte até Diamantina, a hospedagem no alojamento da escola, o
café da manhã com pão de queijo
quentinho, as aulas, ou encontros, a professora da oficina de desenho, Isaura
Penna, a turma, as outras oficinas, tudo o que acontecia naquele período e
lugar, a minha produção exploratória, intensa, imersiva, os momentos de
suspensão e retorno ao processo, tudo o que ficou compreendido naquele período
e o que dele decorreu, marcou profundamente minha trajetória de vida.
Foto 2. Título: “Caminho dos escravos – Diamantina”
Artista: Keller Duarte
Desse processo todo, algumas obras produzidas lá,
se destacaram e passaram a ser expostas em diferentes ocasiões como foi o caso
do desenho em cêra sobre lona, de 300 x 160 cm, produzido com a técnica da frotagem,
diretamente no “caminho dos escravos”, uma trilha de pedras, hoje um trajeto
até mesmo turístico na cidade, mas que guarda nas pedras a memória de muitas
histórias de andantes que por ali passaram.
O que foi guardado pede nesse momento que seja
revelado.
Objetos, documentações e representações contam uma história de vida permeada pela
vivência artística, seja na condição de leitora ou de produtora em arte.
Ver, observar e apreciar arte assim como
reproduzir, colecionar, fazer arte fez parte da minha história de vida, e é
esse conjunto de objetos e imagens reunidos, selecionados, relacionados e
apresentados na condição da produção artística contemporânea que compõem
esse projeto. É o
tempo, com sua densidade, que dá sentido às vivencias. Hoje, onze anos após essa experiência ter sido
vivenciada e selecionada nesse novo processo criativo, que reconheço e
identifico esta experiência, Diamantina: julho de 2001, como uma experiência
singular, artística e estética.
E Katia Canton diz que:
Nas
artes, a evocação das memórias pessoais implica a construção de um lugar de
resiliência, de demarcações de individualidades e impressões que se contrapõem
a um panorama de comunicação e de tecnologia virtual que tendem gradualmente a
anular as noções de privacidade, ao mesmo tempo que dificultam trocas reais
(2009, p.22).
Charlotte Cotton afirma que a fotografia se tornou central no cenário da
arte contemporânea (2010, p.21).
A arte conceitual minimizou a importância da autoria e da competência
prática, aproveitando a capacidade inabalável e cotidiana da fotografia de
retratar as coisas: adotou um visual peculiarmente “não artístico”,
“inexperiente” e “anônimo” para enfatizar que a importância artística residia
no ato retratado pela fotografia (Cotton, 2010, p. 21).
Canton cita Peter Pál Pelbart, quando escreve no
texto “tempos agonísticos”, sobre o regime temporal que preside nosso cotidiano
que, segundo o filósofo, sofreu uma mutação tão desorientadora nas últimas
décadas que alterou inteiramente nossa relação com o passado, nossa ideia de
futuro, nossa experiência do presente, nossa vivência do instante, nossa
fantasia de eternidade” (Canton apud
Pelbart, 2009, 19).
E é por essa percepção do tempo contemporâneo que a
autora afirma que ele retira as
espessuras das experiências que vivemos no mundo, afetando inexoravelmente
nossas noções de história, de memória, de pertencimento (Canton, 2009, p.20).
É na contramão dessa sensação de atemporalidade, de
que apenas o agora existe, que proponho esse projeto de investigação, marcado
por um processo de deslocamentos no tempo e no espaço. Por onde andei, revela a espessura das experiências vividas e
recuperadas na memória pelos vestígios deixados, sejam eles as fotografias,
objetos, documentos, cada qual com sua característica própria de um tempo e lugar
específico.
A apropriação e a releitura que a fotografia artística contemporânea faz
das imagens também são realizadas pelo cotejo de fotos existentes, normalmente
vernáculas e anônimas, a composição de grades, esquemas e justaposições. Em
certa medida, o papel do artista, nesse caso, é como de um editor de gravuras
ou de um curador, configurando o significado das fotos por meio de atos de
interpretação e não pela realização de imagens (Cotton, 2010, 208).
Recuperar, organizar, ressignificar fotos existentes é atualmente um
segmento da fotografia artística contemporânea.
Esse registro da experiência singular, da memória, do que ficou guardado
é o que dá a espessura e densidade que passa agora a ser celebrada.
Celebra-se com a mostra, a exposição, a revelação, a divulgação seja em
ambiente físico real ou hipermidiático como ocorre com a publicação das imagens
atualmente em blogs e redes sociais.
O blog Atelier Keller Duarte foi inaugurado no dia 06 de março de 2012.
Derivado do termo francês Atelier,
este ambiente digital e público, pretende guardar e revelar parte do meu
processo criativo do entorno da minha pesquisa doutoral. Por onde andei, é mais um processo que ocupa esse lugar. Um ambiente
hipermidiático, que requer a linguagem hipermidiática. Linguagens híbridas,
sempre digitais.
Lucia Santaella cita Feldman para apresentar a hipermídia como sendo “a
integração sem suturas de dados, texto, imagens de todas as espécies e sons
dentro de um único ambiente de informação digital” (2005, p.392).
É nesse ambiente que guardo e revelo, a partir de então, esse meu museu
imaginário.
A arte contemporânea acolhe também a vida cotidiana do artista como argumento
referencial ou o que Isabelle Rouge chama de museus imaginários ou pessoais.,
ou ainda de narração auto-fictícia. A autora faz referencia a diversos artistas
que põem a sua própria vida no âmago da sua arte, dentre eles cita Christian
Boltanski, Sophie Calle, Jeff Koons e Gilbert e George.
A expressão, museu imaginário, usada primeiro por André Malraux, traz outra interpretação.
Malraux fala da incompletude do museu físico e a nossa possibilidade de
imaginá-lo completo. Ele fala de uma história da arte do que é fotografável (1965, p.108). Enquanto Rouge usa a expressão
do ponto de vista do artista do sujeito que faz arte, Malraux apresenta toda
uma reflexão do ponto de vista de quem lê ou aprecia arte. Sendo assim,
considero a relevância da obra André Malraux, mas é no contexto de Isabelle
Rouge que me aproprio do termo museu imaginário.
Alguns artistas selecionados aqui por mim, exemplificam e iluminam essa
pesquisa. São eles: Warhol, Beuys, Sherman, Abramovic e Calle. De cada um
deles, um fragmento, um exemplo, uma referência, numa busca constante por
encontrar a minha linhagem artística.
O artista Andy Warhol, deixou além do conjunto da sua obra, a memória do
seu atelier-estúdio-escritório, The Factory, como proposta de espaço do
artista. Marcos Rizolli o considera um experimentador por excelência,
um artista que sob qualquer pretexto buscava expor as imagens de sua cultura
imediata (2005, p.140).
Segundo Isabelle Rouge, aos olhos de Warhol, muitos objetos da vida
cotidiana são dignos de figurar no museu ao nível de um quadro ou esculturas
clássicos (2003, p.17)
Joseph Beuys, também considerado por Rizolli um artista experimental,
tem a ideia de arte como evento, um fluir ininterrupto de situações e de
emoções.
Cindy Sherman, artista norte-americana, uma das maiores representantes da
fotografia de arte pós-modernista, apresenta como temática constante, elementos
da vida cotidiana. O autorretrato nesse caso se apresenta interpretando vários
personagens. Ela é ao mesmo tempo a fotógrafa
e a modelo de suas criações.
É Marina Abramovic quem diz: [...] A minha grande
pergunta é: será que o artista tem o direito de atualizar o material de seu
passado, colocando-o em um contexto no qual talvez venha a ter uma nova vida?”
(28 Bienal de São Paulo Guia, 2008)
Assim como ela, que
usa imagens dela mesma, de outros tempos, edita e atualiza as imagens, o que eu
faço é reunir, selecionar, montar, justapor, sobrepor, digitalizar, editar e
publicar essas imagens em ambiente digital e no caso do blog, em rede.
Sophie Calle é mais uma artista que, segundo Isabelle Rouge, põem a sua
própria vida no âmago da sua arte. Seu
trabalho aparece como uma autobiografia, às vezes fictícia, mas visual
(2003,p.30).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bergson, Henri.
Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. Traduç.
Paulo Neves. 4ª ed. São Paulo, Editora WMF Martins Fontes, 2010.
Cauquelin, Anne.
Arte contemporânea: uma introdução. Tradutora Rejane Janowitzer. São Paulo:
Martins, 2005.
Cotton, Charlotte. A fotografia como arte
contemporânea. Trad. Maria S. Mourão Netto. São Paulo, Editora WMF Martins
Fontes, 2010.
Dewey, John. A arte como experiência. Traduç. Vera
ribeiro. São Paulo, Martins Martins Fontes, 2010.
González Flores, Laura. Fotografia e pintura: dois
meios diferentes? Traduç. Silvana Cabucci Leite. São Paulo, editora WMF Martins
Fontes, 2011.
Canton, Katia.
Tempo e Memória. (Coleção temas da arte contemporânea). São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2009.
Larrosa, Jorge.
Nota sobre a experiência e o saber da experiência. Texto subsídios ao trabalho
pedagógico das unidades da Rede Municipal de Educação de Campinas. 2001.
Malraux, André. O
museu imaginário. Traduç. Isabel Saint-Aubyn. Portugal, Edições 70, 1965.
RIizolli,
Marcos. Artista, cultura, linguagem. Akademika Editora, 2005. Campinas, SP.
2005.
Rouge, Isabelle
de Maison. A Arte Contemporânea. Ed. Inquérito, Portugal, 2003.
Santaella, Lucia; Noth, Winfried. Imagem:
cognição, semiótica e mídia. 1. Ed. São Paulo, Iluminuras, 2008.
Santaella,
Lucia. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora visual verbal: aplicações na
hipermídia. 3.ed. São Paulo Iluminuras: FAPESP, 2005.
Sontag, Susan.
Sobre fotografia. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo, Companhia das Letras,
2004.
Este projeto é parte integrante e parcial da
pesquisa doutoral que está sendo desenvolvida durante o meu percurso no
Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura, da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. “- Este trabalho foi financiado em parte pelo Fundo Mackenzie de
Pesquisa.”
domingo, 25 de novembro de 2012
Texto de apresentação da exposição Por onde andei: Pelas Minas Gerais
Artista contemporânea, Keller Duarte parece agir como os anjos
de Wim Wenders: em seus incessantes deslocamentos, sabe singularmente compor
olhares tão próximos quanto distantes.
São, sempre, pontos de
vista íntimos e, paradoxalmente, panorâmicos. – que apelam, quase sempre, para densidades
sensoriais.
Em múltipla dimensão,
tanto técnica quanto conceitual, a artista
configura suas tessituras entre vida e arte.
Com sua arte, então, Keller Duarte acaricia a linguagem: transformando
lugares em experiência e observações em memória.
Nas Minas Gerais, por
onde a artista já andou, colheu impressões: da paisagem, da gente, das coisas.
Andou, por lá, resgatando cenas mineiras originalmente apreendidas junto do
olhar paterno, reelaborando sua expressão artística e articulando fatos com
formas e imagens com plasticidades. Desenhou de observação, decalcou a
natureza, capturou objetos, fotografou a terra... E, com os genuínos pigmentos
da memória, tingiu de afeto a nossa percepção!
Marcos Rizolli
Primavera de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Por onde andei: Pelas Minas Gerais - proposta
Proponho uma exposição!
Onde?
Em São Paulo
Um lugar: Espaço Minas Gerais
Rua Minas Gerais, 246 (esquina com Av. Paulista, 2700)
Higienópolis - São Paulo
Fui conhecer o espaço!!
Excelente!
Encaminhei a proposta com o meu projeto.
Quando?
De 23/11 até 12/12/2012
Foi aprovado!
Preparando . . .
Onde?
Em São Paulo
Um lugar: Espaço Minas Gerais
Rua Minas Gerais, 246 (esquina com Av. Paulista, 2700)
Higienópolis - São Paulo
Fui conhecer o espaço!!
Excelente!
Encaminhei a proposta com o meu projeto.
Quando?
De 23/11 até 12/12/2012
Foi aprovado!
Preparando . . .
domingo, 14 de outubro de 2012
Por onde andei: Inhotim
Voltar para Minas, voltar para Inhotim, para recordar ou reacordar as vivências e experiências de Minas na minha vida.
No último dia 12/10/12, fui para Minas (de carro pela Fernão Dias!!!) com destino a Inhotim. Era lá que estava acontecendo o CIANTEC 12: Congresso Internacional de Arte, Novas Tecnologias e Comunicação. Lá apresentei na manhã do dia 13, a comunicação "Por onde andei".
Dessa rápida visita, ficam mais algumas impressões...
... do caminho de pedras e da paisagem, aqui interpretadas e apresentadas pelo paisagismo singular desse lugar.
Caminho de pedras, em Inhotim.
K.
No último dia 12/10/12, fui para Minas (de carro pela Fernão Dias!!!) com destino a Inhotim. Era lá que estava acontecendo o CIANTEC 12: Congresso Internacional de Arte, Novas Tecnologias e Comunicação. Lá apresentei na manhã do dia 13, a comunicação "Por onde andei".
Dessa rápida visita, ficam mais algumas impressões...
... do caminho de pedras e da paisagem, aqui interpretadas e apresentadas pelo paisagismo singular desse lugar.
Caminho de pedras, em Inhotim.
K.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Mestres e Mestras! (postagem para sempre incompleta)
Mestre: pessoa que ensina e orienta - essa foi uma das definições que encontrei. Sendo assim, muitas pessoas que passam ou permanecem na nossa vida são mestres para nós, pois ensinam e orientam-nos nos mais diferentes aspectos da vida. No entanto, aqui, quero destacar alguns Mestres e Mestras que deixaram marcas significativas na minha existência. Me ensinaram e orientaram a existir. Esse é mais um caminho "por onde andei". Um caminho de buscas por conhecer, por apreender e para existir. Caminhos percorridos, trajetórias, devires, ...tenho que reconhecer que por onde andei, nunca estive só. Desde os primeiros passos, os primeiros rabiscos, as primeiras falas, ...o primeiro livro, ...em casa, na escola, ... Na Vida e na Arte, muitos Mestres e Mestras estavam por perto, ora observando, ora orientando, ora deixando seu exemplo.
Nomeá-los, citá-los, fazer referência e reverência para mantê-los perto, sempre presentes na minha vida, é um sinal, um gesto do meu reconhecimento e gratidão.
Meus pais: Edmur Sampaio Duarte e Nair Maria Viotto Duarte
... por todos os dias que me acompanharam, pela educação, valores, exemplo e orientação para a Vida!
Minha tia: Lucinda Viotto
... pelo apoio incondicional e por proporcionar-me muitos dos prazeres da vida: guloseimas (sorvetes, bolos, doces, desde o "Formigão"), bicicleta, patins, ensinou-me a dirigir, viagens (litoral e serras do Rio de Janeiro, Porto Seguro, Pernambuco) ....presença constante na minha vida até hoje!
Minha tia Nailor e tio Edmir Duarte
Pelo exemplo, pelas oportunidades e incentivo real proporcionados durante mais de dez anos trabalhando junto no Hotel Estância Vale das Vinhas (recreação, pinturas,...)
Minha avó paterna: Maria Regina Sampaio Duarte
Mestre em contar histórias e fazer história. Exemplo de vida! Sabedoria, simplicidade e fé!
Meu avô materno: Ismael Viotto
Pela objetividade e caráter.
Meus professores:
Tia Lúcia (pré - SESI)
Tia Solange
Tia Heloisa
Tia Deyse
Maria Amélia (professora de Educação Física)
Abigail (professora de inglês)
...para sempre vou lembrar do "Yellow Submarine"
We all live in a yellow submarine
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine
Yellow submarine, yellow submarine
Nancy Cury (Literatura, Redação, era muito mais que isso!)
conheci as metáforas!!
Bomba atômica que aterra!
Pomba atônita da paz!
Vinícius de Moraes
"Sampa" - Caetano Veloso
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
...e o teatro, foi ela que orientou!!
Nas artes visuais (em Jundiaí - SP):
Mônica Mazzolli
Sônia Regina Marquetti Zuquetto
Sônia Maria Carletti
Elvio Santiago
Inos Corradin
Tao Sigulda
Em São Paulo:
Carmela Gross (ECA-USP)
UNICAMP
Lúcia (desenho)
Geraldo Archangelo
Álvaro de Bautista
Bocara
José Roberto Teixeira Leite (História da Arte)
Maria Lúcia Bueno (História da Arte)
Paulo Kull (História da Arte)
Ana Angélica Albano
Lygia Arcuri Eluf
Luise Weiss
Tuneu
Havana - CUBA
Antonio Martorell
Rio de Janeiro
Charles Watson
Festival de Inverno da UFMG
Isaura Penna
Universidade Presbiteriana Mackenzie
José Ribeiro
Marcos Rizolli
Mirian Celeste Dias Martins
Wilton Azevedo
Norberto Stori
Em Paris:
Ingrid Betancourt
... chegamos naquela cidade no dia 04 de julho de 2008!
um exemplo de força, coragem e uma metodologia entre prática e teoria para guardar!
... tantos mais!!
Nomeá-los, citá-los, fazer referência e reverência para mantê-los perto, sempre presentes na minha vida, é um sinal, um gesto do meu reconhecimento e gratidão.
Meus pais: Edmur Sampaio Duarte e Nair Maria Viotto Duarte
... por todos os dias que me acompanharam, pela educação, valores, exemplo e orientação para a Vida!
Minha tia: Lucinda Viotto
... pelo apoio incondicional e por proporcionar-me muitos dos prazeres da vida: guloseimas (sorvetes, bolos, doces, desde o "Formigão"), bicicleta, patins, ensinou-me a dirigir, viagens (litoral e serras do Rio de Janeiro, Porto Seguro, Pernambuco) ....presença constante na minha vida até hoje!
Minha tia Nailor e tio Edmir Duarte
Pelo exemplo, pelas oportunidades e incentivo real proporcionados durante mais de dez anos trabalhando junto no Hotel Estância Vale das Vinhas (recreação, pinturas,...)
Minha avó paterna: Maria Regina Sampaio Duarte
Mestre em contar histórias e fazer história. Exemplo de vida! Sabedoria, simplicidade e fé!
Meu avô materno: Ismael Viotto
Pela objetividade e caráter.
Meus professores:
Tia Lúcia (pré - SESI)
Tia Solange
Tia Heloisa
Tia Deyse
Maria Amélia (professora de Educação Física)
Abigail (professora de inglês)
...para sempre vou lembrar do "Yellow Submarine"
Yellow Submarine
The Beatles
We all live in a yellow submarine
Yellow submarine, yellow submarine
We all live in a yellow submarine
Yellow submarine, yellow submarine
Nancy Cury (Literatura, Redação, era muito mais que isso!)
conheci as metáforas!!
Bomba atômica que aterra!
Pomba atônita da paz!
Vinícius de Moraes
"Sampa" - Caetano Veloso
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
...e o teatro, foi ela que orientou!!
Nas artes visuais (em Jundiaí - SP):
Mônica Mazzolli
Sônia Regina Marquetti Zuquetto
Sônia Maria Carletti
Elvio Santiago
Inos Corradin
Tao Sigulda
Em São Paulo:
Carmela Gross (ECA-USP)
UNICAMP
Lúcia (desenho)
Geraldo Archangelo
Álvaro de Bautista
Bocara
José Roberto Teixeira Leite (História da Arte)
Maria Lúcia Bueno (História da Arte)
Paulo Kull (História da Arte)
Ana Angélica Albano
Lygia Arcuri Eluf
Luise Weiss
Tuneu
Havana - CUBA
Antonio Martorell
Rio de Janeiro
Charles Watson
Festival de Inverno da UFMG
Isaura Penna
Universidade Presbiteriana Mackenzie
José Ribeiro
Marcos Rizolli
Mirian Celeste Dias Martins
Wilton Azevedo
Norberto Stori
Em Paris:
Ingrid Betancourt
... chegamos naquela cidade no dia 04 de julho de 2008!
um exemplo de força, coragem e uma metodologia entre prática e teoria para guardar!
... tantos mais!!
domingo, 23 de setembro de 2012
Por onde andei: pelas Minas Gerais
Minas Gerais:
Poços de Caldas, Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, Tiradentes, São João del Rei, Sabará, Diamantina, Milho verde, Jequitibá, Caraça, Brumadinho/Inhotim, ...
Serras, cascatas, chão, trilhas na mata, morros, pedras, cidade, ...
Comida mineira: tutu a mineira, pão de queijo, doce de leite, queijo, ambrosia, café, ...
Literatura:
A terceira margem do rio - de Guimarães Rosa.
E de Drumond:
Música: Clube da Esquina
Pinturas: Alberto da Veiga Guignard, ...
Arquitetura: colonial, moderna, contemporânea...
O Barroco mineiro de Aleijadinho,....
Minas de Juscelino ...
de Marília e Dirceu
da inconfidência,
do ouro,
da pedra sabão
da maria fumaça,
ou simplesmente:
Minas!
K.
Poços de Caldas, Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, Tiradentes, São João del Rei, Sabará, Diamantina, Milho verde, Jequitibá, Caraça, Brumadinho/Inhotim, ...
Serras, cascatas, chão, trilhas na mata, morros, pedras, cidade, ...
Comida mineira: tutu a mineira, pão de queijo, doce de leite, queijo, ambrosia, café, ...
Literatura:
A terceira margem do rio - de Guimarães Rosa.
E de Drumond:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Música: Clube da Esquina
Pinturas: Alberto da Veiga Guignard, ...
Arquitetura: colonial, moderna, contemporânea...
O Barroco mineiro de Aleijadinho,....
Minas de Juscelino ...
de Marília e Dirceu
da inconfidência,
do ouro,
da pedra sabão
ou simplesmente:
Minas!
K.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Por onde andei: visitando exposições
No dia 11/09/2012, fui pela segunda vez na exposição Cor, Luz e Movimento, do Carlos Cruz Diez, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Dessa vez, estava com um grupo de alunos da Oficina: Imagem, pintura e fotografia na criação publicitária, oferecida no curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Era presciso ver ao vivo!
Para quem viu foi uma experiência única. As imagens são para recordar...
Dessa vez, estava com um grupo de alunos da Oficina: Imagem, pintura e fotografia na criação publicitária, oferecida no curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Era presciso ver ao vivo!
Para quem viu foi uma experiência única. As imagens são para recordar...
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